Golpes de Natal: Por que Continuamos Caindo e Como se Proteger

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É a época mais maravilhosa do ano… e também a mais perigosa para o seu bolso. Com o Natal chegando, o volume de compras online dispara, e junto com ele, a criatividade dos golpistas. Mas se recebemos tantos alertas, por que as fraudes continuam fazendo vítimas?

A resposta é mais complexa do que parece. Segundo Luis Zan, Head de Prevenção a Fraudes da 99Pay, o problema não é a falta de informação, mas a sofisticação dos golpes, que agora usam nossos próprios dados e emoções contra nós.

O Golpista Moderno Sabe Tudo Sobre Você

Esqueça o e-mail genérico com erros de português. O crime evoluiu. Zan explica que os golpistas de hoje são verdadeiros pesquisadores. Eles coletam informações públicas e privadas — de processos judiciais a interações em redes sociais — para construir narrativas extremamente convincentes.

“Os golpistas deixaram de apostar apenas na ingenuidade. Hoje, eles estudam o comportamento das pessoas, usam informações verdadeiras e criam histórias muito bem elaboradas, o que reduz a desconfiança da vítima”, afirma Zan.

O criminoso usa um dado real sobre você (como uma compra recente ou um processo) para criar uma falsa sensação de legitimidade. É a versão digital da tática imortalizada por Frank Abagnale, de “Prenda-me se for capaz”: preparação, aparência de autoridade e pressão emocional.

“O criminoso sabe exatamente o que dizer e quando dizer. Ele cria um senso de urgência, como uma oferta imperdível de Natal ou a ameaça de perder dinheiro, para impedir que a pessoa pare, pense e verifique a informação”, completa o executivo.

O Perigo do “Se Eles Sabem Disso, Deve Ser Verdade”

A tática funciona. Um relatório recente aponta que 51% dos brasileiros já foram vítimas de algum golpe, com mais da metade sofrendo perdas financeiras.

Os criminosos usam dados legítimos para criar ofertas personalizadas ou promessas de “liberação de valores” de processos judiciais que realmente existem. A vítima, ao ver informações que só ela (supostamente) saberia, baixa a guarda. “O consumidor pensa: ‘se eles sabem isso sobre mim, deve ser legítimo’. É exatamente aí que mora o perigo”, alerta Zan.

Guia de Proteção: Como Não se Tornar uma Vítima no Natal

Com a correria das compras, a atenção diminui. Luis Zan, da 99Pay, recomenda um guia prático para reduzir os riscos:

  • Desconfie da Pressa: Ofertas imperdíveis que exigem pagamento imediato ou pressionam por uma decisão rápida são um grande sinal de alerta.
  • Seja um Detetive: Antes de comprar, verifique a reputação do vendedor, o CNPJ e procure canais oficiais. Não confie apenas no site ou no anúncio.
  • Não Clique em Links Suspeitos: Recebeu uma oferta por SMS ou WhatsApp? Não clique. Digite o endereço do site oficial diretamente no seu navegador.
  • Ative a Autenticação de Dois Fatores: Em todos os seus aplicativos financeiros e de compras. Acompanhe sempre as notificações do seu banco ou conta digital.
  • Cuidado com Informações Privilegiadas: Se alguém te contatar sobre processos judiciais ou dados sigilosos, desligue e confirme a informação diretamente com seu advogado ou em fontes oficiais.
  • Nunca Forneça Dados por Telefone: Golpistas usam informações reais sobre você para ganhar sua confiança. Mesmo que o interlocutor pareça legítimo, nunca passe dados pessoais ou financeiros por ligação.

“Estamos em alerta e adotamos medidas extras para proteger os usuários neste período. Mas a atenção do usuário é fundamental: desconfie da pressa, confirme identidades e utilize apenas canais oficiais”, reforça Zan.

E você, já identificou ou quase caiu em um golpe sofisticado? Compartilhe sua experiência nos comentários para alertar mais pessoas!

Fonte: Assessoria de imprensa

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